Ao som de Creep do Stone Temple Tilots, Fall to Pieces do Velvet revolver e Hesitate do Stone Sour, fiz um monologo do meu ser com o o eu que queria ser. vai direcionado para um amigo que acabei de perder. Inicio 23/12/1989 FIM 21/01/2012..
- Oi
todo bem?
-
Mais ou menos e com vc?
-
Comigo esta tudooooooo ótimo, mas e ai o que tem feito?
_
Eu??? O de sempre, ou seja, nada e você?
- EU?
Estou me divertindo, aproveitando a vida e você não esta aproveitando não?
- Não
muito?
-
Mas por quê?
-
Porque eu espero a semana toda para aproveitar e tenho que esperar mais um
pouco?
-
Mas porque isto?
-
Porque a vida é assim, uns sempre aproveitam mais do que os outros, eu, por
outro lado, aproveito a minha, a minha maneira, ou seja, só.
-
Mas e os seus amigo onde estão?
-
Amigos? Eu os perdi ao longo do caminho.
- Como foi isto, você pode me contar?
-
Claro que posso. O orgulho de uns me impediu de ir adiante e o motivo da minha
solidão é conseqüência destes atos, mas um dia eu os supero e sigo adiante, a
final, a minha parte eu fiz e se não entendem é porque não são verdadeiros e
muito menos merecem a minha amizade.
-
Mas você é feliz, assim sozinha?
-
Aprendi a ser, alias, em matéria de fingir eu sempre fui à melhor de todas,
muitos nunca souberam ao certo quando eu estava realmente feliz, alias, só duas
pessoas me conhecem bem e uma delas sabia quando eu estava realmente feliz e
quando eu não estava nada bem só de ouvir a minha voz, mas perdi ao longo do
caminho, mas foi melhor assim, esta pessoa NUNCA acreditou em nada do que eu
falava e hoje pago com o fim da nossa amizade. Ainda bem que ele mora longe e
pouco nos encontramos, mas ele era uma pessoa importante para mim e hoje, tenho
que aprender a caminhar sem ouvir os seus conselhos e sem saber como esta, mas
como ele mesmo falou, a vida tem disto e se hoje perdemos alguém que julgamos
importante, logo mais na frente vamos perder mais outro, é a lei natural da
vida e temos que aprender a conviver com isto.
-
NOSSA, COMO VOCE CONSEGUE?
-
Como eu consigo? Bem, ao longo da minha jornada, a maioria das pessoas que
cruzaram o meu caminho só queria tirar proveito da minha boa vontade e da minha
amizade, claro que, para toda regra existe um exceção, mas eu comecei a cansar
quando só me procuravam quando estavam se sentindo só, ou quando estavam com
algum problema pessoal e precisavam de um conselho, então fui me afastando, mas
é melhor assim. Confesso que me sinto muito só, acho que ninguém me entende,
tenho que aprender a deixar as coisas irem embora, me prendo muito a pequenos
detalhes, tenho a mania de confiar em todos e sempre quebro a cara. Fazer o
que, como ele mesmo falou, é a lei natural da vida.
-
Você quer saber o que eu mais gostava nele? A sua ironia, acredite, a ironia
dele era uma coisa que me deixava furiosa, mas como ele sempre foi uma pessoa
muito dura com todos e nunca demonstrava o seu verdadeiro ser, quando ele vinha
com ironia eu sabia que ali, batia um coração e que, nesta hora, mas só nesta
hora, ele conseguia derrubar qualquer pessoa só com a sua ironia e isto me
fascinava.
Aprendi
muita coisa com ele, muita mesmo, a final, foram 23 anos de amizade, não o
julgo e nem posso, afinal, a escolha foi minha e eu sabia que tomando a decisão
que tomei eu ia perder a amizade dele para sempre. O bom dele, é que mesmo na
ironia, ele tinha um jeito de falar as coisas que derrubava qualquer argumento,
com seu “MULHER AS COIASS NÃO SÃO ASSIM, VOCÊ TEM QUE APRENDER MUITA COISA,
VOCE É MUITO FRAGIL POR ISTO EU TE POUPO E NÃO FALO TUDO”, é meu bem, me poupou
tanto que não falou o que deveria falar, porque sei que ia me magoar e deixou
as coisas acontecerem como aconteceu.
-
Mas e ai o que você vai fazer?
- O
que eu vou fazer??? Chorar um pouco, deixar a poeira abaixar e quem sabe um
dia, mas só um dia eu volte a falar com ele, o cristal quebrou e não há cola
que possa colar esta amizade, por mais que ele duvide de cada palavra que foi
dita aqui, eu vou sentir muito a falta da nossa amizade, em fim, só o tempo vai
cicatrizar as feridas que construímos ao longo de nossa jornada e , olha que não
foram poucas.